O Natal de antigamente

Na região italiana onde eu nasci e cresci, o dia 13 de dezembro (dia de Santa Luzia, virgem e mártir de Siracusa) era o dia no qual se enfeitava a árvore de Natal e se fazia o presépio.

Quando eu era pequeno, fazia o presépio com os meus avós. O meu país ficava bonito nesta época porque ficava todo coberto de neve branquinha.

Na quadra festiva de Natal, os flautistas e outros músicos desciam da montanha, ao fim do dia e tocavam pelas ruas da aldeia.

Na véspera de Natal, as famílias reuniam-se para comer bacalhau e outros tipos de peixe. A carne era proibida para os cristãos nessa noite. Comíamos doces fritos com recheio de castanha ou grão-de-bico (Calzoni di Ceci)*. Jogávamos vários jogos até chegar à meia-noite, altura em que se desejava felicidades uns aos outros.

No dia de Natal, todos iam à missa e almoçavam todos juntos. Comiam, tradicionalmente, cordeiro e batatas assadas e outras iguarias. Após o almoço, cantávamos e dançávamos até ao cair da noite.

*Eu reproduzi a receita de “Calzoni de Ceci” no Porto Santo e ofereci à minha professora e aos meus colegas que apreciaram muito.

Podem ser comidos com um fio de mel, com açúcar ou assim simples.

Título: O Natal de antigamente

Categoria do artigo: texto de aluno

Autora: Vito Parrillo

Escola Básica e Secundária com PE e Creche Prof. Dr. Francisco Freitas Branco