A minha opinião sobre as vantagens de aprender uma nova língua
Há argumentos que defendem que os pais originários de zonas linguísticas diferentes devem acordar uma só língua para educar os filhos. A justificação é o receio de confundir a pobre criança. Estou convencido de que isto é um absurdo. Cresci com a minha mãe a falar sueco comigo, o meu pai alemão e, na escola, a língua oficial era o inglês. Finalmente, todos os alunos falavam inglês uns com os outros, independentemente da sua origem linguística.
Negar a oportunidade de adquirir uma língua adicional numa idade precoce deve ser considerado um roubo ou uma privação. Aprender uma nova língua é sempre um desafio, mas sinto frequentemente que as pessoas que cresceram apenas com uma língua, ao embarcarem numa viagem para uma nova língua, têm a dificuldade adicional de compreender que a lógica e a sequência das expressões noutra língua podem ser totalmente diferentes da língua materna. Por isso, apesar de me queixar da complexidade da gramática portuguesa, tenho de admitir que é uma viagem interessante a um novo terreno de jogo.
Penso que o currículo deveria ser adaptado nas escolas do Primeiro Ciclo, para que os alunos tenham a oportunidade de aprender outra língua o mais cedo possível, enquanto a sua mente ainda é flexível. Os países escandinavos são um bom exemplo disso. Só de pensar que no meu país ainda se discute a questão da maturidade das crianças – para não as confundir – para aprenderem uma segunda língua e se esta deve ser o francês ou o inglês, dá-me vontade de chorar.
Título: A minha opinião sobre as vantagens de aprender uma nova língua
Categoria do artigo: texto de aluno
Autora: Michael Gut
Escola Básica e Secundária com PE e Creche Prof. Dr. Francisco Freitas Branco