Novas tecnologias: uma graça ou uma praga?
Eu penso que as novas tecnologias podem, um dia, constituir uma ameaça existencial para a humanidade.
Estou a pensar, em particular, na Inteligência Artificial, que se desenvolve muito rapidamente e sem qualquer controlo real.
Milhares de pessoas estão a recorrer a robôs para aumentar a produtividade ou para diversão.
O objetivo da Inteligência Artificial é permitir que os computadores pensem e ajam com e em vez de seres humanos.
Isso assusta -me!
Autora: Annick Paule
As novas tecnologias podem tornar-se um vício muito facilmente e rapidamente para algumas pessoas. Mas para outras não, porque muito gente as usa como passatempo. Na ilustração do livro podemos ver uma mulher idosa que joga um jogo eletrónico e podemos pensar que agora este fenómeno não é muito estranho, mas há alguns anos atrás foi impensável. Pela imagem, parece que as TIC vão ser discutidas, pelo que me vou concentrar nelas.
Agora quase todos usam novas tecnologias durante a vida para trabalhar, para descansar e as diferenças estão a tornar-se cada vez mais ténues. Esta fenómeno pode ser um grande problema porque as novas tecnologias não são apenas uma ajuda para a nossa vida quotidiana, pois também representam um perigo grave se forem utilizados de forma incorreta ou sem imaginação. Por exemplo: telemóveis nas mãos das crianças pequenas podem “ajudar” a mãe ou o pai a “descansar dos filhos”, mas causam estragos nas relações mútuas e provocam danos permanentes na consciência, tanto mais que os produtores de filmes, anúncios, jogos e outras formas de pseudo-entretenimento têm muito cuidado com o efeito subliminar das suas criações. O resultado é um efeito permanente de propaganda no inconsciente das crianças – trata-se de uma programação terrível, tímida e desumana de um comportamento pró-sistémico, que deveria ser punido como crime. Esta situação está a tornar-se cada vez mais evidente e os adultos estão a participar nela em vez de protegerem os seus filhos. Ecrãs e luz artificial, especialmente intermitente com frequência variável, podem destruir os nossos olhos e nossos cérebros também e esta destruição ocorre muito rápido.
O muito popular microoondas pode provocar terríveis problemas à nossa saúde, especialmente quando fazemos pipocas que são cancerígenas. Mas por outro lado, temos anúncios que mostram como é ótimo poder preparar um lanche para nós próprios enquanto fazemos uma pausa para chupar o veneno da Netflix…
Os computadores na rede podem ser uma grande janela para piratas informáticos e para “nossos” governantes que querem saber mais sobre nós, sobre as nossas ideias e sobre as nossas vidas.
No entanto, nem tudo é mau, graças às novas tecnologias as nossas vidas são mais fáceis, o progresso tecnológico é mais rápido, o acesso à informação é generalizado. Este facto representa enormes oportunidades de desenvolvimento, o que é indiscutível.
No entanto, há que ter sempre presente que o progresso não anda de mãos dadas com o desenvolvimento do homem e da sua mente. A humanidade levou milhares de anos a inventar a escrita, os nossos avós ainda não podiam acreditar que um relógio a pilhas não precisava de corda, e eis-nos, de repente bombardeados com terabytes de informação ininteligível…. É impossível tomá-la sem danificar o nosso corpo, e é isso que deve fazer com que as pessoas percebam àquilo a que estão expostas. Estamos a causar estragos nas nossas interações, degradando o nosso ambiente com a poluição das ondas, tornando-nos suscetíveis a todas as influências que visam o controlo da mente e do corpo.
Tendo observado durante mais de 40 anos o que está a acontecer, digamos que aos 16 anos comecei a compreender como este mundo realmente funciona, vejo cada vez mais claramente para onde estamos a ir. Não vou dizer que não gosto da tecnologia moderna, eu próprio utilizo um computador e um smartphone, e tenho também várias aplicações à minha disposição para facilitar a vida.
No entanto, mantenho sempre os meus dados seguros, não utilizo redes de acesso aberto e guardo os dados sensíveis em unidades sem acesso externo. mas vou dizer o seguinte: se o álcool e o açúcar causam um vício que não pode ser curado e não são proibidos mas promovidos, como podemos avaliar a utilização generalizada da tecnologia da informação? Quem é que as quer tão difundidas e porquê? A resposta é fácil de encontrar, basta utilizar a frase mágica: siga o dinheiro.
Autor: Arkadiusz Panasiuk
Quais são as consequências das novas tecnologias?
Nem todos usarão as novas tecnologias. Isto cria uma divisão: pessoas que participam e pessoas que não participam, que ficam excluídas.
É principalmente para os idosos que a utilização de equipamentos modernos constitui um problema. Por isso, penso que é errado que as novas tecnologias sejam tornadas obrigatórias.
Por exemplo, nos Paísos Baixos discute-se a abolição do dinheiro em espécie.
Outro exemplo: as declarações fiscais só podem ser apresentadas digitalmente.
Autor: Henk van der Bruggen
As novas tecnologias são maravilhosas! Eles tornam a vida mais fácil. Podem ser uma bênção, podem ser uma maldição…
Eu acho que no futuro elas serão maldições para nós humanos.
Hoje em dia, os jovens não conseguem romper com o telemóvel (ou computador, ou tablet) mesmo enquanto dormem. Há muitos acidentes de carro causados por mensagens de texto nos telemóveis.
Os idosos não conseguem (eu também não) acompanhar as novas tecnologias.
Todos os contatos com as instâncias serão somente no computador. Não haverá contactos humanos. Teremos, no futuro, um chip implantado na mão para tudo: pagar ou registar, marcar uma consulta…
“Irmão grande” saberá tudo sobre nós: o que é que comemos e bebemos, onde vamos, o que compramos, quando trabalhamos, com quem nos encontramos, etc., etc.
Estaremos sempre ocupados a ver os filmes na Internet, a jogar no telemóvel…
Até que um dia a mancha solar entrará em erupção, destruirá os satélites e a internet…
E nós voltaremos à idade da pedra…
Autora: Magdalena Elzbieta Van Der B. Horyl
As novas tecnologias podem ser uma graça ou uma praga.
Depende do objetivo e da forma como as coisas são tratadas.
Apresento, seguidamente, apenas dois cenários diferentes.
A
Há muitos anos, qualquer tipo de projeto era feito à mão, desenho a desenho, no papel e os cálculos eram efetuados com uma régua de cálculo. Para objetos simples, isto podia ser suficiente, mas qualquer coisa mais complicada, como um navio ou um avião, precisava de uma verificação intensa para evitar interpretações erradas.
Atualmente, as novas tecnologias, como o desenho assistido por computador, permitem aos engenheiros conceber cada peça num mundo virtual. A montagem destas peças também pode ser simulada para eliminar erros de medição. As tolerâncias de fabrico e as propriedades dos materiais são pré-programadas para poupar tempo de conceção. Desta forma, uma entidade complicada pode ser realizada de forma eficiente, poupando tempo e evitando erros. Esta circunstância tem efeitos subsequentes: os produtos tornam-se mais complicados e, por conseguinte, mais suscetíveis de avarias, ou poderão não ter uma longa vida útil, pelo que será necessário adquirir em pouco tempo novos produtos.
B
Antigamente, os jogos, como os jogos de cartas ou de tabuleiro, eram jogados para passar o tempo, para ocupar a mente ou para se divertir com os outros. Por vezes, como no caso das damas ou do xadrez, tratava-se de uma competição. Com algumas exceções, um jogador podia abandonar o jogo sem consequências e começar qualquer outra coisa.
Com a introdução de novas tecnologias, os primeiros jogos eram opticamente simples e era necessário que os jogadores fossem rápidos, com recompensas em rápida sucessão para captar a mente do jogador. Mas já não era necessário que vários jogadores participassem num número crescente destes jogos.
Com o passar dos anos, o aumento da capacidade de computação proporcionou jogos graficamente cativantes, em que o desenvolvimento do jogo podia ter vários objetivos interligados, cativando assim uma parte cada vez maior da mente dos jogadores. Qualquer ação pode desencadear uma reação imediata e, por vezes, a longo prazo, pelo que o jogador se deixa arrastar para o jogo.
Muitas vezes fico consternado quando vejo a atenção das crianças colada aos seus tablets ou telemóveis. Será tarefa da geração afetada decidir se desperdiçou muito tempo na sua juventude ou não.
Conclusão:
Só é possível adivinhar o próximo capítulo desta história. O nosso instinto pode ser temeroso, mas todas as novas tecnologias provocam medo a muitas pessoas. Quando Graham Bell inventou o telefone, ninguém quis investir nesta tecnologia, pois a perceção comum era que ninguém se interessaria por uma brincadeira tão inútil!
Autor: Michael Gut
As tecnologias tornam-se quase sempre um vício porque as pessoas não conseguem dar-se conta do tempo que investem ao usá-las; muitas delas criam uma realidade da qual não conseguimos escapar.
Também acho que agora é tudo desenhado e pensado para as pessoas ficaram viciadas por exemplo a Netflix. As séries são feitas de modo que as pessoas ficam expectantes para saber o que acontece no próximo capítulo, ficando deste modo coladas aos écrans e veem uma série toda de uma vez.
Para os jovens é mais difícil conseguir parar e gerir o seu tempo.
Portanto, as tecnologias podem ser úteis ou uma praga depende de quem a usa.
Autora: Milena Fuentes
Categoria do artigo: textos de alunos
Escola Básica e Secundária com PE e Creche Prof. Dr. Francisco Freitas Branco