A Gota de Água
O chefe da estação apitou e o comboio, lentamente, retomou o seu caminho, apitando por sua vez.
Dentro da caldeira do comboio, a gota de água teve a oportunidade de escapar no meio do vapor usado para o apito e sentiu-se, finalmente, solta, feliz por estar ao ar livre.
Instantaneamente, ela começou a subir para o céu até que se viu presa numa nuvem branca e macia formada por bilhões de gotas como ela.
Cada uma tinha a sua própria história para contar: quem vinha do deserto, quem provinha do mar, quem procedia do rio, quem efluía de uma panela que cozinhava massa e quem, como ela, tinha vindo da caldeira de um comboio.
Passaram muitos momentos felizes a contar cada uma a sua própria história, até que, de repente, chegou uma corrente fria que transformou todas elas em flocos de neve. Assim, um pouco mais pesadas do que antes, começaram a cair lentamente para a superfície do planeta Terra.
Nessa altura, outra coisa maravilhosa e inesperada aconteceu: todas as gotas, que antes eram como ela, tinham tomado uma forma diferente, transformando-se em cristais de neve com as geometrias mais estranhas e, por mais incrível que pareça, nenhuma era igual à outra!
As coisas extraordinárias ainda não estavam concluídas…
A gota de água, sob a forma de um floco de neve, caiu no mar e, voltando à sua aparência original, na sua forma líquida, encontrou-se na companhia de uma quantidade inimaginável de gotas. Foi desse modo que a gotinha teve a oportunidade de admirar todas as formas de vida animal e vegetal que viviam imersas na multidão de gotas que formam o mar.
Título: A gota de água
Categoria do artigo: texto de aluno
Autora: Maurizio Gambelli
Escola Básica do 1.º Ciclo com PE e Creche do Porto Santo